Adriana Varejão e Sua Retrospectiva na Pinacoteca de São Paulo

Um Rasgo na Tela: Adriana Varejão e Sua Retrospectiva na Pinacoteca de São Paulo

Nossa jornada pelo universo da arte contemporânea nos conduz aos traços inovadores de Adriana Varejão. Uma artista que tem desafiado as convenções artísticas e as narrativas históricas com suas criações únicas. A exposição “Adriana Varejão: Suturas, Fissuras, Ruínas” que agora toma vida na Pinacoteca de São Paulo. É um rasgo na tela que nos convida a explorar as vísceras da história do Brasil.

Explorando o Barroco e Além: A Jornada de Adriana Varejão

Adriana Varejão, posto que é reconhecida por suas explorações da identidade brasileira em meio ao contexto barroco e suas consequências históricas. Oferecendo uma visão cativante através de mais de 60 obras que abrangem seu percurso artístico desde 1985 até 2022. Ainda mais que ela desafia a bidimensionalidade da pintura, expondo fissuras e suturas nas narrativas hegemônicas que moldaram a nação. Sua obra ecoa as vozes do movimento de revisão histórica e decolonização do pensamento ocidental.

As Pérolas da Exposição: Obras Marcantes

Destacando-se na retrospectiva está “Azulejos” (1988), por exemplo, onde Varejão se inspirou em um painel de azulejaria portuguesa encontrado no Convento de São Francisco, em Salvador. Não menos impactante é “Estudo sobre o Tiradentes de Pedro Américo (Reflexo de sonhos no sonho de outro espelho)“. Composta por 21 pinturas inspiradas na icônica obra de Américo.

A exposição nos presenteia com a visão única de três “línguas” expostas lado a lado pela primeira vez: “Língua com padrão em X,” “Língua com padrão de flor,” e “Língua com padrão sinuoso“. Os novos e imponentes trabalhos da série “Ruínas de Charque” são exibidos no Octógono.

Um momento particularmente notável é a criação da tinta “polvo” por Adriana Varejão. Sua busca por uma variedade de tons de pele brasileiros resultou na criação de tintas com nomes como “burro quando foge” e “café com leite,” semelhantemente representa um profundo olhar sobre a complexa mestiçagem brasileira.

Uma Retrospectiva Inédita: A Curadoria de Jochen Volz

A exposição é uma narrativa visual que atravessa a carreira de Adriana Varejão, posteriormente desde suas primeiras obras até as pinturas tridimensionais de grande escala da série “Ruínas de Charque.” A curadoria de Jochen Volz nos conduz por essa jornada artística única, incluindo obras inéditas, como “Moedor” (2021) e “Ruína 22” (2022), produzidas especialmente para esta mostra.

A exposição “Adriana Varejão: Suturas, Fissuras, Ruínas” estará aberta ao público até o dia 01 de agosto. Não perca essa oportunidade de explorar o trabalho de uma das artistas mais influentes da arte contemporânea brasileira na Pinacoteca de São Paulo.

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